Olá, amigos!
Depois de um grande período sem atualizar este blog, volto a escrever para tratar de um tema que provavelmente deverá dominar as atenções durante os próximos dias. Trata-se dos Jogos Olímpicos, que desta feita serão realizados na China, mesmo com toda a onda de protestos e manifestações contra o governo chinês.
Num momento em que o mundo mais precisa de paz, um evento das proporções das Olimpíadas se inicia, com a missão de fazer com que esqueçamos de tantas notícias ruins, que vemos diariamente nos noticiários. Terremotos, prisões de banqueiros, eleições, assassinatos, execuções cometidas por quem tem o dever de proteger e não alvejar cidadãos, etc.
Bem que este fenômeno chamado Jogos Olímpicos poderia ter força para reduzir a quantidade de notícias ruins nos informativos jornalísticos, mas não é isso o que vem acontecendo .
Um clima de animosidade está no ar de Pequim junto com a poluição. É certo que os problemas que envolvem a libertação do Tibete devem ser discutidos, assim como o fato dos chineses serem um dos maiores poluídores do mundo, no entanto, não é o momento ideal para se fazer isso. Este evento foi criado com o propósito de promover a paz entre os povos de todo o mundo, cujo único tipo de batalha seria travada nos campos esportivos.
A China tem milhares de problemas, seu governo toma medidas um tanto quanto polêmicas, porém, é o estilo de vida deles, completamente diferente do nosso modelo. Por isso, não acho oportuno governantes aproveitarem a estadia em solo chinês para fazer política, bancando os bem-feitores do universo.
Vide o presidente americano, George W. Bush, ter a cara-de-pau de se dizer preocupado com os direitos humanos na China. Ora, ora, quem diz isso é o presidente que inventou a Guerra do Iraque, de olho nas grandes jazidas de petróleo existentes naquela região e não exitou em aprovar ataques de objetivos duvidosos, que mataram milhares de civis iraquianos, dentre mulheres, idosos e crianças. Sem contar a já famosa base naval de Guantánamo, onde são cometidas verdadeiras atrocidades. Seria interessante o chefe de estado americano se preocupar primeiro com os seus problemas, antes de meter o bedelho no dos outros, ainda mais com a evidente proximidade das eleições para a presidência dos Estados Unidos.
Outro ponto que deve ser levado em consideração, para não dizerem estou defendendo fulano, ciclano ou beltrano, é o fato de alguns veículos de comunicação estarem sofrendo censura por parte da organização do evento, com alguns jornalistas tendo dificuldades até para acessar o site das empresas para a qual trabalham, além do lamentável episódio de agressão contra jornalistas japoneses, inaceitável para um país que está recebendo o maior evento esportivo do planeta.
Seria melhor que todas as partes chegassem a um meio termo. Intransigência e intolerância não combinam nem um pouco com espírito olímpico e é preciso habilidade para que o clima entre os organizadores e a imprensa internacional não fique ainda pior. Não é esse o objetivo. A única disputa que deve acontecer por lá é entre atletas, por medalhas. Como já diria o barão de Coubertin, o importante não é vencer, e sim competir.
Problemas de relacionamento entre imprensa e governo chinês a parte, há de se destacar a belíssima festa de abertura promovida, de uma riqueza de detalhes impressionante, numa das mais belas festas olímpicas já vistas, sem dúvida alguma.
Vamos esperar do Brasil, que mais uma vez estará batendo o seu recorde de atletas numa disputa olímpica, um bom desempenho, superando a incompetência de seu Comitê Olímpico e Federações. Temos grandes chances no Voleibol Masculino e Feminino, Vôlei de Praia, Iatismo, Atletismo, Ginástica Artística, Judô e Futebol Feminino.
O Futebol Masculino é um grande ponto de interrogação. A qualidade técnica de alguns jogadores pode fazer a diferença, porém, não acredito que a seleção conquiste alguma medalha nesta modalidade, muito menos a de ouro.
Bom, agora nos resta preparar para acordar cedo ou lutar contra o sono para ver mais uma edição dos Jogos Olímpicos. E que a politicagem, a violência e a intransigência se mantenham longe de Pequim pelos próximos 16 dias...